terça-feira, 5 de abril de 2011

Redes sociais trazem novo nível de competitividade para empresas

Por Rodrigo Afonso, da Computerworld


O mix de tecnologia e marketing nas mídias sociais é uma combinação explosiva, que desperta a atenção das organizações.

O avanço das redes sociais em atividades como colaboração, troca de informações e fonte de pesquisas esgueirou-se com facilidade no seio das empresas e sua aceitação rápida e estrondosa pegou todos de surpresa. No início, eram consideradas fontes de dispersão, principalmente para funcionários mais jovens. Mas elas ganharam características profissionais e impactaram o mundo corporativo. Os casos de sucesso provam que não é mais possível ignorar as redes sociais.
Algumas companhias ingressaram nesse mundocom ações direcionadas ao atendimento a clientes via Facebook e Twitter. Não demorou para perceberem que as discussões geradas nessas redes sobre a empresa poderiam ser usadas de forma estratégica, inclusive para a criação de novos serviços e mapeamento mais eficiente do mercado.
O consultor sênior da TGT Consult, Waldir Arevolo, afirma que esse uso convergente da mídia está se mostrando a melhor prática do mercado.  Segundo ele, usar as inovações das redes e se aproveitar da coletividade para gerar boas experiências “é uma forma de manter a marca sempre em evidência, aprimorar os serviços e impactar os negócios”.
Outro elemento importante que as redes sociais trouxeram foi uma forma mais eficiente e rápida de avaliar a imagem perante clientes, assim como resultados de campanhas de marketing. De acordo com o analista da consultoria IDC e professor de pós-graduação da PUC-SP, Alexandre Campos, antes as empresas só conseguiam identificar certas tendências relacionadas à sua marca ou a serviços por meio de extensas pesquisas de mercado.
“Hoje, o retorno é imediato e o aumento do acesso às redes só vai reforçar isso, principalmente no Brasil”, diz, acrescentando que vale destacar a chegada do Facebook no Brasil como indicativo da importância de tendências como marketing digital e negócios na web 2.0.
As redes também contradizem a ideia de que um alcance abrangente só era viável para grandes empresas, com altas quantias para investir. A opinião de especialistas é que elas trouxeram outro nível de competitividade, reforçando a crença de que entrar nelas, com planejamento, é uma atividade fundamental atualmente.
Seguindo as tendências das redes sociais, a Bolsa de Mercadorias e Futuros Bovespa (BM&F Bovespa) começou a estudar, em 2009, qual seria a estratégia ideal para tirar proveito delas com a meta de popularizar o mercado de ações, que até alguns anos tinha um público muito restrito. A primeira etapa foi escolher as que tinham mais a ver com a proposta, o que resultou na escolha do Twitter, Facebook, Yahoo Respostas e Orkut.
O Twitter, pela característica de fonte de informações rápidas, passou a ser utilizado para divulgar cursos gratuitos, inscrições, números da bolsa, entre outros. O Yahoo Respostas para responder questões de usuários da rede sobre os temas que dizem respeito à Bovespa. E Orkut e Facebook como comunidades: participantes entram, tiram dúvidas, criticam e dão orientações para nortear a estratégia da Bovespa.
A empresa ainda não tem métricas bem definidas dos resultados, mas já notou grande retorno em seguidores, que formam um público diferente dos que apenas visitavam o site. “Trata-se de um grupo que interage mais e que gera informações importantes. Essa experiência já apoia voos maiores da Bovespa nas redes sociais”, avalia a gerente de Internet da BM&F Bovespa, Renata Martins.
A experiência foi turbinada com o lançamento de um aplicativo que simula a participação no mercado de ações e é uma competição, em que os participantes compartilham resultados e conseguem comparar o desempenho com outros amigos. “O planejamento para 2011 é manter esse trabalho e aumentar a abrangência de atuação nas redes, aproveitando as tendências e oportunidades”, diz Renata.

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